terça-feira, 10 de março de 2015

Um olhar sobre a miséria



Meus filhos, que o Senhor nos abençoe.

Certa feita, os cândidos lábios de Nosso Senhor, chegaram a asseverar:  “Bem aventurados os aflitos, pois que serão consolados”. E hoje,  vemos exércitos de irmãos sintonizados com o ideal de Nosso Senhor Jesus, mobilizando forças e agregando vontades, no sentido de minorar o sofrimento de quantos se vejam reféns das hostilidades terrenas. São muitas as frentes de verdadeiros paladinos, que se destacam no afã de conceder o mínimo de conforto possível, a tantos irmãos que já não pranteiam à sós, mas encontram ombros fraternos e mãos ágeis, à serviço do bem, que compartilham com eles, este período transitório, consoante com a experiência pela qual tantas vezes devam atravessar, ou muitas vezes maximizam suas provas, pela privação voluntaria na qual se inserem, no gozo do livre arbítrio de que são dotados.

São tantos os anjos que se corporificam na Terra e saem à campo reverenciando os trabalhos de caráter social... Entretanto meus filhos, de olhos orvalhados, contemplamos compadecido outro tipo de miséria que infelizmente não tem despertado o interesse de nós outros, os que militamos à frente, onde o amor desbrava terrenos, para se estabelecer garboso e imponente, porque ninguém lhe detém os passos.

Exoramos aos corações dos irmãos em sintonia com o pensamento misericordioso de Jesus, que orem e  se apiedem dos que presentemente se colocaram na condição de reféns da miséria moral, muito mais grave que a material. Voltemos nossos olhos compadecidos na direção de quantos se vejam desvitalizados e combalidos, como que nos suplicando pelo olhar vago, o pão espiritual que lhes venha saciar a fome da alma, arcando com as consequências de atitudes irrefletidas.  Mentalizemos estes companheiros, que dos benefícios materiais não carecem, mas sobretudo do nosso amor, discrição e oração, para que mudem o quanto antes de direção.

Ampara sim filho, o irmão desnudo, que se traje com simplicidade, todavia apoia os que se permitiram despir da dignidade.

Oferte o pão, aos que padecem de fome, porém volte o olhar aos que se vejam desnutridos espiritualmente, acusando grave quadro de ausência de valores éticos.

Quanto possível,  entrega aos irmãos de pés expostos, o calçado para que prossigam na caminhada evitando novas lesões, mas não sonegue aos passos inseguros e desprotegidos dos valores morais, a firmeza, para que mudem a rota na qual prosseguem.

Suavize o sofrimento dos que padeçam os golpes da carência material, porém passe a enxergar a duplicidade da responsabilidade que efetivamente devemos ter com os que assistimos, na certeza de que  socorrer a fome do corpo é prioridade, para arejar primeiro a mente atribulada para posteriormente lhe oferecer o socorro espiritual.

Sobretudo meus filhos, em nossos afazeres de samaritanos discretos e voluntários, em muitas ocasiões nós encontraremos sim, os que requeiram o pão que abrande a fome e as bênçãos das lições do evangelho, mas maiorias dos irmãos terrenos ainda estão a requerer a assistência moral.

Conforme noticiou o Divino Mestre Jesus, ficou firmado nosso compromisso com os doentes da alma, os que precisam da intercessão dos médicos.

Filhos, passemos a orar e aconchegar em nossos corações as vítimas da miséria moral, porque para elas, são escassos os voluntários.

Que Jesus nos abençoe, hoje quanto sempre.

Bezerra

* Página recebida pelo médium Alaor Borges Jr, na manhã  dia 29 de novembro de 2014, no espaço Chico Xavier, na cidade de Campo Grande-MS.



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